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Quando o TDAH é negligenciado na infância

  • Foto do escritor: Silvana Pozzobon
    Silvana Pozzobon
  • 3 de nov.
  • 2 min de leitura
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O tempo não cura, ele apenas muda o formato dos sintomas. A criança cresce, mas as dificuldades continuam. Só que agora, os prejuízos não estão mais apenas no caderno… estão na vida, no comportamento disfuncional da prática do dia a dia. “Ele é muito esperto, só não se esforça.” “Ela tem potencial, mas vive no mundo da lua.” “Na hora que quiser, faz.” Essas frases se repetem por anos e vão ferindo a autoestima de uma criança que, na verdade, está tentando o tempo todo. 

O TDAH não tratado é como dirigir um carro potente com o freio de mão puxado. A criança até se movimenta, mas o esforço é enorme, a frustração é constante, e com o tempo… o motor desgasta. Na vida escolar: Sem diagnóstico e tratamento, a criança enfrenta críticas, punições e rótulos. Ela acredita que é “burra”, “preguiçosa” ou “problemática”. O resultado aparece nos números: Até 40% não concluem o ensino médio.

Mas o impacto não é só nas notas. É na forma como essa criança passa a se enxergar, sempre aquém, sempre errando, sempre tentando agradar e falhando na vida profissional: Na vida adulta, o TDAH não tratado se manifesta de outras formas: atrasos, esquecimentos, dificuldade em cumprir prazos, impulsividade, sensação constante de estar “atrasado com tudo”. O resultado? Maior rotatividade de empregos e renda até 20% menor do que a de colegas com a mesma formação. Nos relacionamentos: Estudos mostram que adultos com TDAH têm duas vezes mais risco de separações. Não por falta de amor, mas por falta de compreensão. 

Na saúde mental e comportamento: Sem tratamento, até 50% desenvolvem ansiedade, e 40% depressão. O sentimento de “nunca ser bom o bastante” se instala cedo e vira um ciclo de autocrítica e exaustão. Muitos buscam alívio em álcool, cigarro ou drogas, e até 1 em cada 2 adultos com TDAH terá algum problema de uso de substâncias. A boa notícia: Nada disso é inevitável. Com tratamento adequado, que inclui psicoeducação dos pais, acompanhamento médico e estratégias de rotina, a trajetória muda completamente. Tratar o TDAH não é colocar um rótulo, é tirar o peso da culpa. E o melhor momento para começar é agora. Aprender mais sobre o TDAH faz parte das estratégias de adaptação e as intervenções por meio da Neuropsicopedagogia é uma grande aliada. Estratégia com valor de profundidade na aprendizagem avaliando e adaptando os processos e as habilidades da criança de forma personalizada, assim atendendo especificamente a disfunção do indivíduo que em sua maioria é uma disfunção das habilidades do comportamento, como a atenção, a memória de trabalho, a flexibilidade executiva, afetando também a autonomia e autorregulacão do paciente para as habilidades acadêmicas. 



 
 
 

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Criado por Siomara Guzelotto e Luiza Guzelotto     

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