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A atenção/cognição permeia os processos mentais

  • Foto do escritor: Silvana Pozzobon
    Silvana Pozzobon
  • 10 de nov.
  • 3 min de leitura
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É o fundamento pelo qual o indivíduo processa de forma ativa uma quantidade limitada de informação originadas de uma grande quantidade de informações armazenadas nas memórias, disponibilizadas através do órgão dos sentidos e de outros processos cognitivos. Os mecanismos atencionais podem ser classificados de acordo com o tipo de processamento envolvido organizados como atenção seletiva, sustentada, alternada e dividida(Sternberg, 2008). Atividades escolares e diárias demandam do indivíduo o recrutamento dos processos atencionais em suas várias modalidades, usando a capacidade de focar em estímulos específicos desconsiderando outros menos relevantes (atenção seletiva), de sustentar essa atenção em um determinado estímulo até o término da sua tarefa (atenção sustentada), de dividir a atenção em estímulos variados ao mesmo tempo sendo capaz de manipular as informações do forma coordenada (atenção dividida) e de fazer a substituição de forma rápida de um estímulo para o outro de acordo com a demanda do ambiente (atenção alternada) e para que isso seja possível há o envolvimento da memória de trabalho e controle inibitório aumentando a complexidade da função(Capovilla; Dias, 2008; Sternberg, 2008). Dificuldades de aprendizagem na escola são constantemente associadas a problemas atencionais que podem ser causadores de déficits no processo de alfabetização que envolve o desenvolvimento da leitura e escrita(Capovilla; Dias, 2008). Estudos foram realizados para a verificação da relação entre as habilidades atencionais e funções executivas em crianças da 1a a 4a série do ensino fundamental. Utilizaram o TAC e o TT observando correlações positivas e significativas entre medidas de atenção e flexibilidade de desempenho escolar. Apesar da atenção não ser um componente das funções executivas está diretamente relacionado aos processos cognitivos de aprendizagem. Temos habilidades de controle inibitório relacionadas à atenção seletiva, inibindo distratores favorecendo a estimulação do autocontrole sobre a atenção e atitudes reativas. O desenvolvimento do autocontrole da atenção seletiva e sustentada, a manipulação de ideias, mudanças de perspectiva e adaptação às novas demandas ambientais são habilidades de suma importância para a aprendizagem e estão diretamente relacionadas aos componentes básicos das funções executivas. Pensando por essa perspectiva os processos atencionais não podem ser desvinculados do desenvolvimento das funções executivas no percurso de aprendizagem dos indivíduos, tendo relevância a verificação destas habilidades em trabalhos relacionados a desenvolvimentos e aprimoramento destas funções. Programas de Aprimoramento de Função Executiva As mudanças sociais no decorrer dos anos alteraram as demandas de aprendizagem provocando a necessidade nas instituições em buscar instrumentos que auxiliem nos processos de ensino, de modo a atender às necessidades de aprendizagem dos alunos (Borochovicius; Tortella, 2017). Essas mudanças geraram necessidades adaptativas para interação com o mundo que possibilitasse o atendimento às demandas educacionais e sociais, ampliando a necessidade de direcionar e regular habilidades cognitivas, sociais e emocionais (León et al., 2013). Em estudos variados relacionados a programas e estratégias que desenvolvam funções executivas, Diamond (2012) observou evidências de melhorias nestas funções através do uso de atividades de intervenção integrando jogos computadorizados que envolvam interação e alternância de tarefas, artes marciais(Tae-Kwon-Do) e implementação de atividades em currículos escolares. A influência do funcionamento executivo no desempenho acadêmico justamente pela relação direta com o desenvolvimento cognitivo, social e emocional, ampliou nos últimos anos a pesquisa acerca de programas de estimulação das funções executivas. Houve a construção de programas que implementam estratégias para o desenvolvimento das funções executivas como complementos curriculares para utilização em sala de aula. No Brasil foram desenvolvidos dois programas estruturados e sistematizados com essa intencionalidade, o PENCE(Programa de Estimulação Neuropsicológica da Cognição em Escolares: Ênfase nas Funções Executivas) e o PIAFEX(Programa de Intervenção em Autorregulação e Funções Executivas).

 
 
 

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Criado por Siomara Guzelotto e Luiza Guzelotto     

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